" Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto
Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade
Mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja
Não me apetece viver histórias medíocres
Paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar
Não sei brincar e ser café com leite
Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma
Que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois
Ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las
Porque eu acho sempre muitas coisas
Porque tenho uma mente fértil e delirante e porque posso achar errado
E ter que me desculpar
E o faço sem dificuldade se me provarem
Que eu estraguei tudo achando o que não devia
Quero grandes histórias e estórias
Quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada
Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira
Mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer
E me fazer crêr que é para sempre
Quando eu digo convicta que "nada é para sempre"..."
Gabriel García Márquez
domingo, 15 de agosto de 2010
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